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14/07/2014
Profissionais da saúde e diversos residentes de Medicina da região Sul acompanharam as novidades para o tratamento do Diabetes durante reunião científica da Regional Médica da Zona Carbonífera (RMZC). Realizada no dia 15 de maio, no Restaurante Montalccino, em Criciúma, esta foi a primeira reunião itinerante de 2014 e contou com a participação do cardiologista de Florianópolis, Dr. Jamil Cherem Schneider.
O cardiologista palestrou sobre “O Papel do Rim na Fisiopatologia do DM2 e Perfil Clínico de Forxiga®” referindo-se a uma nova classe de medicamento no Brasil para Diabetes – tipo 2 e a importância da divulgação de novos tratamentos . “O Diabetes é uma doença que vem aumentando progressivamente, principalmente com a obesidade, sendo que o número de diabéticos controlados no país ainda é muito baixo. Além disso, estima-se que no Brasil 65% dos diabéticos morrem de problemas cardiovasculares. Ou seja, todo novo tratamento que venha a diminuir as complicações e indicar novas perspectivas para o paciente deve ser explorado e difundido”, pontua Dr. Jamil.
O Forxiga® (dapagliflozina) é um medicamento que auxilia na remoção do excesso de glicose do corpo, agindo diretamente nos rins e na inibição de uma enzima que transporta a glicose para o sangue. Assim, diminuem-se os níveis de açúcar pela remoção do excesso de glicose do corpo a partir da urina. “Podemos concluir a eficácia da droga com a redução da glicemia, redução consistente de peso e redução consistente na pressão arterial, beneficiando intensamente no desfecho cardiovascular”, avalia Dr. Jamil.
Segundo o representante da AstraZeneca, Júlio César Fachim, o Forxiga® é o primeiro produto, de uma nova classe, com funcionamento diferenciado das demais drogas para o tratamento de Diabetes disponíveis no mercado. “O lançamento nacional do Forxiga® aconteceu no dia 02 de abril, e estamos com a expectativa de que em cinco anos seja o medicamento para Diabetes de maior faturamento no país”, destaca.
Após a palestra do cardiologista, o diretor-secretário da RMZC e endocrinologista, Dr. Daniel Meller Dal Toé, apresentou um estudo de caso como prática clínica para debate entre os médicos, sobre um paciente do sexo feminino, com 60 anos de idade e com Diabetes – tipo 2 diagnosticado há dois anos. De acordo com Dr. Daniel, a reunião científica itinerante busca aproximar a entidade dos médicos do Sul de Santa Catarina. “Uma de nossas premissas é a educação médica continuada, sendo o Diabetes uma doença prevalente e que exige importantes estudos”, destaca.
Diabetes tipo 2 (Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes):
É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequência em jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas